Esta quarta-feira, parte de Lisboa a “Marcha Ibérica contra o Capital e a Guerra” que chegará a Madrid no dia 13 para a participação na IV Cimeira dos Povos – “Enlazando Alternativas”. A cimeira alternativa será em Madrid, em simultâneo com a Cimeira América Latina, Caraíbas e União Europeia (ALC-UE), uma reunião de representantes dos governos dos países destas regiões, que decorerá de 15 a 19 de Maio.
Entre as organizações envolvidas na marcha encontram-se o sindicato espanhol CGT (Confederación General del Trabajo), a rede contra a exclusão social Baladre e Ecologistas em Acção e a Plataforma Anti-guerra Anti-NATO portuguesa (PAGAN).
“Os trabalhadores, os povos europeus e os imigrantes que vivem entre nós, sentem duramente os problemas causados pelo capitalismo global, como o desemprego, a perda de poder de compra, de direitos laborais e o envolvimento em guerras cuja legitimidade os governos não sabem explicar”, afirma a PAGAN que convoca esta marcha de protesto contra os cortes sociais na União Europeia e também em solidariedade com a Greve Geral na Grécia e contra o Programa de Estabilidade e Crescimento Europeu.
Em Lisboa (esta quarta-feira, às 18h, no Largo de S. Domingos) e no Porto (dia 6 de Maio, na Praça da Liberdade, às 18h) serão organizadas “concentrações contra o capital e a guerra”, marcando simbolicamente o início da marcha de vários movimentos sociais, anti-militaristas e sindicais rumo à Cimeira Alternativa dos Povos.
A caravana passará no Porto (dia 6), em Mérida (8), em Cáceres e Plasencia (9), em Navalmoral (10), em Toledo (11) e em Alcorcón (12) para chegar à capital espanhola a 13 de Maio. Em cada cidade serão organizadas acções de rua, encontros com as pessoas afectadas pela crise e mesas-redondas sobre temas como as implicações sociais do Tratado de Lisboa, a política militarista da União Europeia (UE) e do envolvimento da NATO, política agrícola e os perigos da energia nuclear.
O programa de actividades inclui também a denúncia dos planos governamentais e da UE para salvar os bancos e promover a especulação financeira, a falta de políticas sociais e de acesso à habitação digna, especialmente para os jovens e das consequências sociais da actual crise económica global.
Os objectivos comuns da marcha são "o combate ao desemprego e lutar pela redução da jornada de trabalho, impedir os Expedientes de Regulación de Empleo (ERE), os contratos-lixo e a reforma laboral; lutar pelos salários e pelo apoio social aos desempregados, assim como defender os serviços públicos e a distribuição da riqueza", explicam os porta-vozes destas organizações.
Os movimentos querem construir uma “resistência ampla” contra os programas de austeridade impostos pela UE, tal como o que foi aprovado na Grécia pois, consideram, “é tempo de construir um modelo económico social e justo, sustentável e igualitário, contra o sistema que gera desemprego, reduz os salários reais, privatiza os serviços públicos e elimina direitos laborais, aumentando as despesas militares para financiar a guerra”.
O Bloco de Esquerda respondeu ao apelo da Rede Biregional Europa América Latina e Caribe – “Enlazando Alternativas” e estará presente em Madrid no fim de semana de 14 a 16 de Maio para participar e contribuir em todos os debates e actividades no âmbito da “Conferência Alternativa dos Povos”. Para isso já lançou um convite geral à participação: Vem à Conferência Alternativa dos Povos em Madrid!
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