quinta-feira, 31 de março de 2011

Alandroal: Cordão Humano contra as alterações ao transporte de doentes não urgentes

A população do concelho de Alandroal vai organizar um Cordão Humano, no próximo sábado dia 2 de Abril, pelas 11:00 horas, entre a Praça da República e o Centro de Saúde de Alandroal, para manifestar o seu descontentamento em relação às alterações introduzidas no transporte de doentes não urgentes.


Esta foi a principal decisão que saiu da reunião extraordinária da Assembleia Municipal de Alandroal, que decorreu no Fórum Cultural de Alandroal no passado dia 25 de Março, e que teve como objectivo reunir as entidades com responsabilidade na saúde para discutir a questão das alterações ao transporte de doentes não urgentes, recentemente introduzidas pelo Ministério da Saúde. Participe neste Cordão Humano.

Por isso, apelamos a todos os Alandroalenses a estar presentes nesta manifestação.
Camaradas, reunamo-nos na praça da república às 10.45h.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Companheiros(as)
Com o objectivo de garantir nova grande manifestação conta as políticas do governo, vai haver um autocarro que fará o seguinte itinerário:
Estremoz, Alandroal, Redondo, Évora, Montemor, Lisboa.
O regresso será por volta das 18.00 horas.
A saída será de Estremoz por volta das 10.00 horas, por isso a passagem no Alandroal será às 10.30 horas.

NÃO FALTES!!!!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

REUNIÃO CONCELHIA DIA 26.02.2011 - JUROMENHA

Caros Companheiros/as,


Para ser elaborado em conjunto o plano de actividades para 2011, convocam-se todos(as) os(as) aderentes, e simpatizantes, para a próxima reunião de concelhia, que irá ser realizada no Sábado (dia 26) pelas 11,00 horas na Junta de Freguesia de Nª Srª do Loreto (Juromenha). O único ponto de trabalho será o Plano de Actividades para 2011.

Após a reunião iremos fazer um almoço convívio no Restaurante Mateus (Juromenha), aproveitando a iniciativa gastronómica do peixe do rio que decorre no concelho até dia 27.02.2011.

Quem estiver interessado confirme a presença com o camarada Zeferino (tel 961 143 941), preferencialmente até ao dia 24.02.2011 (Quinta-Feira).
Mais uma vez se destaca a importância da participação de todos/as os/as aderentes de modo a dar continuidade à nossa intervenção.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

COMÍCIO COM MANUEL ALEGRE 12.01.2011

COMÍCIO COM MANUEL ALEGRE - ÉVORA
(TEATRO GARCIA DE RESENDE)
QUARTA-FEIRA (12.02.2011) - 21.00 HORAS
COM: MIGUEL PORTAS, JORGE LACÃO, MARIA DE BELÉM e JOSÉ LUÍS CARDOSO

16h00 - Chegada a Évora (junto Templo de Diana) seguido de visita ao Museu de Évora.
17h00 - Deslocação a pé pelo centro da cidade (descida Sé, Rua 5 de Outubro, Praça do Giraldo, Praça Luís de Camões até ao Teatro Garcia de Resende), até à sede de campanha.
17h30 - Inauguração sede de campanha.
19h30 - Jantar com Estrutura Distrital e Concelhia da Campanha em Évora - Restaurante "Cozinha do Cardeal" (Universidade de Évora).

BANCO PÚBLICO DE TERRAS

Decorreu no sábado passado (08.01.2011), na sede da Junta de Freguesia de Nª Srª da Conceição (Alandroal), uma sessão pública de apresentação e debate sobre o Banco de Terras, organizada pelo Núcleo do Bloco de Esquerda do Alandroal.

O evento contou com a presença do deputado Pedro Soares (Presidente da Comissão de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas da Assembleia da República) e de Francisco Louçã (Coordenador Político do Bloco de Esquerda).

A abertura da sessão ficou a cargo do camarada Nuno Coelho (Núcleo do Alandroal), que fez os devidos agradecimentos e uma pequena introdução sobre o tema.

A 1ª intervenção foi de Francisco Louçã, que salientou, entre outros aspectos: - a importância da iniciativa; - que o banco de terras servirá para reanimar a agricultura no nosso país, para revitalizar as populações, e para combater o défice anual na ordem dos 4 mil milhões de euros em importações agro-alimentares.
Salientou, também, a necessidade urgente de se reduzir este valor, significativamente, nos próximos 5 anos.
Terminou reforçando que, estando também na agricultura a resposta ao endividamento, se não houver anuência a este projecto-lei, será dado um grande passo atrás na tentativa de recuperação da nossa economia.

A 2ª intervenção foi de Pedro Soares, que fez a apresentação do projecto-lei, focando os seus aspectos essenciais, enquadrando-os na realidade actual da agricultura no nosso país.
Referiu que: - 70% dos produtos que consumimos é importado; - toda a produção agrícola diminuiu (à excepção do azeite e do vinho que aumentou ligeiramente); - na última década perdemos 32% de trabalhadores agrícolas (mais de 100 mil); - a média de idade do trabalhador é de 65 anos (não se apostou no rejuvenescimento do tecido produtivo); - nos últimos 20 anos reduziu-se a superfície agrícola útil na ordem dos 8%.
Afirmou que: - a gestão do banco é garantida pelo Estado português; - alguns dos objectivos deste banco público de terras são proporcionar o arrendamento de terras abandonadas a quem as quiser trabalhar, dar um sinal novo à agricultura facilitando o início de actividade aos jovens agricultores, e combater o abandono das explorações (e também das povoações).
Realçou que: - os terrenos abandonados serão sujeitos a um agravamento do Imposto Municipal de Imóveis (IMI), exceptuando-se aqueles que forem integrados no banco público de terras; - a integração destes terrenos realiza-se através de contrato, entre proprietários e entidade gestora, onde se estabelecem prazo e arrendamento a terceiros.
Terminou, reforçando que este banco será uma luta constante contra o abandono de terras e que a agricultura sustentável é essencial para a revitalização da economia portuguesa.

No espaço de debate foram discutidas várias questões sobre o funcionamento do banco, e foram apresentadas diversas sugestões, das quais destacamos as necessidades de haver:
  • interligação entre banco de terras e escolas de agronomia;
  • incentivo à actividade agrícola (acabar com estereótipo “a agricultura é para velhos e pouco qualificados”);
  • linha de crédito (financiamento para execução dos projectos a implementar);
  • apoio técnico (sensibilizar, dinamizar e ajudar em questões relacionadas com projectos);
  • funcionamento em cooperativismo entre produtores (à semelhança do que é praticado em Espanha).
Para concluir, o deputado Pedro Soares referiu que "é fundamental não deixar morrer a nossa agricultura". Ao ser reactivada gera-se riqueza, criam-se postos de trabalho e promove-se o desenvolvimento local e regional.
Lembrou ainda que o Banco de Terras serve para reactivar a agricultura em Portugal, mas não é a solução para todos os problemas.
Muito Obrigado.

pode ser consultado aqui o projecto-lei do Banco Público de Terras

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

SESSÃO PÚBLICA NO ALANDROAL SOBRE BANCO DE TERRAS

O Grupo Parlamentar e o Núcleo de Alandroal do Bloco de Esquerda vão levar a efeito uma sessão pública no próximo dia 8 de Janeiro na Junta de Freguesia de Alandroal, pelas 11.00 horas, para debater o Projecto de Lei do Banco de Terras.

Esta sessão contará com a presença de Francisco Louçã e do Presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura da Assembleia da República, deputado Pedro Soares.

http://www.esquerda.net/sites/default/files/pjlbancoterras.pdf

Contamos com a vossa presença.

domingo, 28 de novembro de 2010

Não é fácil fazer greve!

A greve geral foi um sucesso, julgo não existirem dúvidas a este respeito.
Por resultar da junção de forças da CGTP e da UGT e, sobretudo, por ter contado com uma tão grande adesão. A democracia mostra estar viva quando tantos decidem lutar pelos seus direitos. Por direitos comuns, sublinhe-se, numa perspectiva fraterna e solidária. A democracia não rima de facto com resignação.
Mas mesmo nestes momentos de grande adesão, é difícil não se interrogar porque não se conseguem adesões ainda maiores. Tendo em conta o ataque sem precedentes em curso, com cortes nos salários e nas prestações sociais, perdas de direitos, aumento do IVA, não seria de esperar uma paralização total e um grito de indignação ensurdecedor? Trocado por miúdos, está-se a ir ao bolso das pessoas de uma forma sem precedentes e mesmo assim continuam a parecer tantos os resignados com tal facto.
A verdade, há muito conhecida por sinal, é que não é fácil fazer-se greve nos dias que correm. É certo que nos tempos em que não existia liberdade os riscos eram imensamente maiores. Mas a opressão de outros tempos foi hoje substituída pela incrível força do individualismo, pela falta de sentimento de bem colectivo. Se noutros tempos havia o risco até da integridade física por se fazer greve, hoje expressões como solidariedade, fraternidade e defesa de direitos laborais são totalmente estranhas em inúmeros meios. Hoje, em diversos sectores, ser-se sindicalizado é uma extravagância.
E tal clima de escasso sentimento colectivo não deve ser desprezado. É ele que determina que muitos dos que aderiram à greve geral tenham sido considerados autênticos excêntricos e líricos, inclusive por colegas. É ele que determina que quem adere a este tipo de protestos, usufruindo de um direito basilar em democracia, possa ser olhado com desconfiança pelas suas chefias como se de um perigoso insubordinado se tratasse.
Por tudo isto, são naturalmente de saudar os muitos milhares de trabalhadores que abdicaram nesta quarta-feira de um dia de salário. Que tiveram a coragem de abdicar das boas graças dos seus superiores ou que se colocaram mesmo em situação de fragilidade num mercado de trabalho cada vez mais instável. Fizeram-no em defesa de direitos colectivos, de melhores condições de vida para todos. Muito mais simples seria não aderir a coisa nenhuma, não se chatear, assobiar para o lado, esperar que outros assumissem a linha da frente na defesa dos nossos direitos, prosseguindo assim calmamente com a nossa vidinha.
Por isso é que o que se passou nesta quarta-feira assumiu contornos tão especiais. Resta aproveitar o balanço e continuar a combater esta tendência alastrante que encara a defesa de direitos laborais comuns como algo quase exótico. A democracia agradece.

por: João Ricardo Vasconcelos (Politólogo)
autor do blogue Activismo de Sofá