terça-feira, 9 de julho de 2013

PROGRAMA AUTÁRQUICO PARTICIPATIVO


O Bloco de Esquerda considera que o governo de um país, concelho, freguesia ou qualquer entidade pública ou privada, mas com participação de dinheiros públicos, ou seja de todos nós, deve ser público, transparente e participado por todos os membros da comunidade.
Na preparação do seu programa eleitoral às próximas eleições autárquicas no concelho do Alandroal, pretendemos que o nosso programa integre os contributos de todos os cidadãos e cidadãs do concelho do Alandroal.



(clica na imagem para acederes ao programa participativo)


terça-feira, 2 de julho de 2013

AUTÁRQUICAS 2013



Após um longo percurso de debate interno e auscultação de vários cidadãos e cidadãs independentes que pensam o município do Alandroal nos seus diferentes domínios, a Comissão Coordenadora Distrital de Évora do Bloco de Esquerda decidiu por unanimidade apresentar a candidatura de Fábio Pisco à Presidência da Câmara Municipal do Alandroal.


Fábio Pisco tem 29 anos e é operário fabril na empresa TE Connectivity. É natural da freguesia de Santiago Maior (Alandroal), onde reside.
É aderente do Bloco de Esquerda desde 2006. Considera que mais do que um direito, a política é um dever que assiste a todos os cidadãos e todos o devem cumprir e fazer cumprir.



A lista de candidatos à Assembleia Municipal de Alandroal será encabeçada por Armando Mesquita.


Armando Mesquita tem 57 anos. Licenciou-se em Educação Física e Desporto, pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, sempre como trabalhador-estudante. Após lecionar em Lisboa, fixou-se no Alandroal e nos últimos anos lecionou no Agrupamento Vertical de Redondo e no Agrupamento Vertical de Alandroal.



A lista de candidatos à União das Freguesias de Alandroal (Nossa Senhora da Conceição), São Brás dos Matos (Mina do Bugalho) e Juromenha (Nª Sra. do Loreto) é encabeçada por Nuno Coelho.


Nuno Coelho tem 35 anos. Reside desde sempre no Alandroal e é aderente do Bloco de Esquerda. Ingressou em 2010, na Escola Superior de Educação de Castelo Branco, na Licenciatura de Secretariado, de onde se transferiu, em 2012, no decurso do 2º ano, para a Licenciatura de Relações Públicas e Secretariado da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre.
O seu percurso profissional é feito na Administração Pública, desde 1998, onde exerce, atualmente, a função de Coordenador Técnico da Secção de Urbanismo e Ordenamento do Território do Município de Alandroal.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Jornadas Autárquicas 2013


JORNADAS AUTÁRQUICAS DO BLOCO DE ESQUERDA


O ataque da direita às autarquias, o mais grave de que há memória  no Portugal Democrático, e as consequências nefastas das políticas da troika e do governo na economia das pessoas, exigem o resgate da democracia local e respostas claras à situação de emergência social nas comunidades locais.
Nas Jornadas Autárquicas o Bloco aceita o desafio e diz presente, em nome de uma alternativa de esquerda em 2013.

Porto, Hotel Tuela
R. Arq. Marques da Silva, 200
2 e 3 de Fevereiro 2013 - ENTRADA LIVRE


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Pensar o Alandroal


PENSAR O ALANDROAL COM O


O Núcleo do Bloco de Esquerda de Alandroal, convida-te a participar numa conversa sobre “o estado a que isto chegou!”, a realizar na sede da Junta de Freguesia de Alandroal (Nª Sra. da Conceição), no próximo dia 19, pelas 16.00 horas.
A conversa contará com a presença do camarada Mário Tomé, ex-militar de Abril.



quarta-feira, 16 de maio de 2012

Carlos Fuentes: escrever para ser

Muito mais que um grande escritor, com a morte do escritor mexicano Carlos Fuente, de 83 anos, a América perdeu um homem do seu tempo – dos seus tempos. Por Eric Nepomuceno, Carta Maior

Vejo algumas fotos em preto e branco. E detenho-me numa, feita nalgum dia incerto da Barcelona daqueles anos 70, mostrando um Vargas Llosa alto e sorridente, um Carlos Fuentes um tanto formal, e um Gabriel García Márquez cabeludo e com bigodes que parecem desenhados a carvão. Fuentes ainda fumava: na mão esquerda, posta fraternalmente sobre o ombro de García Márquez, aparece o cigarro. Ali estão eles: Vargas Llosa aparece à esquerda, Fuentes está no centro, García Márquez à direita. Exatamente o avesso do que a vida reservaria aos três, ou do que os três fariam das suas vidas.
Na foto, os três são jovens, e parecem confiantes, e ocupam o inverso do espaço que o tempo e a realidade se encarregariam de colocar nos seus devidos lugares: quem à direita, ao centro, à esquerda.
Volta e meia imagino como será ter sido ser jovem, ou melhor, ser um jovem Fuentes, um jovem Mario Vargas, um jovem García Márquez naqueles anos de turbilhão. Uma vez perguntei isso a Fuentes. Estávamos em São Paulo, caminhávamos ao léu com Silvia Lemus, sua mulher, para cima e para baixo por aquelas paralelas da rua Augusta, e ele contava-me coisas. Dizia assim: ‘É que a gente era muito jovem, e acreditávamos nas mesmas coisas, e tínhamos uma confiança enorme no futuro’. Insistia: sua amizade com García Márquez, que vinha de 1961, era a qualquer prova. E acabei sendo testemunha disso, dessa verdade.
E lembro que algum tempo depois, coisa de ano ou ano e meio, ao entrar num restaurante italiano em Buenos Aires, topei com ele e com Silvia. E ele, como sempre de uma elegância sem fim – e, atenção: estou a referir-me à elegância como postura diante da vida –, quis continuar uma conversa que eu nem lembrava qual era.
Era a conversa sobre os nossos respetivos anos jovens. Disse ele, lembrando de Vargas Llosa, de García Márquez, de Cortázar: ‘A vida segue, e às vezes, nos separa. Bom mesmo é quando você consegue discordar de tudo e fazer com que nada separe os afetos, a amizade’. Tentou isso a vida inteira. Às vezes – com Cortázar, com García Márquez –, conseguiu. Aliás, sem maiores esforços.
Quando me refiro a ele como um homem elegante, refiro-me a um pensamento que conseguia ser ao mesmo tempo ágil e contido, que não se limitava às barreiras que muitas vezes nos impomos a nós mesmos. Acreditava no que acreditava.
Acreditava no futuro. No futuro da América Latina, no futuro do ser humano. Acreditava que, em algum momento desse nosso eterno recomeçar, nós, da América Latina, deixaríamos de recomeçar e começaríamos de verdade. E escrevia assim: acreditando. Não há dois livros dele que sejam iguais. Porque, no seu ofício, Carlos Fuentes era como na vida: sempre disposto a recomeçar, a reinventar. A sua obra é desigual, porque ao longo da vida somos desiguais. Escrevia cada livro como se fosse o primeiro. E por isso mesmo ele foi tantos, como tantos somos nós no nosso dia-a-dia.
A única coisa que se manteve sempre em cada palavra, cada frase que desenhou, foi a fé no futuro. Jamais acreditou em limites e fronteiras, quando escrevia. E nem quando vivia.
Qualquer um que tenha a palavra escrita como matéria prima, e a memória como guia dos tempos, saberá descobrir no autor de ‘A região mais transparente’, ou ‘A morte de Artemio Cruz’, ou de ‘Terra Nostra’, de ‘Gringo Viejo’, um eterno contemporâneo, um companheiro de viagem, um parceiro de sonhos e ousadias. E uma testemunha de desesperanças e esperanças, de tudo aquilo que poderíamos ter sido e que não fomos.
Fuentes dizia que, mais do que pela obra dos grandes historiadores, dos grandes sociólogos, dos grandes antropólogos – e ele foi amigo de vários dos grandes –, a verdadeira história nossa era escrita por escritores.
Lembro bem da vez em que ele disse que escrever literatura não era um ato natural: era como dizer que a realidade não é suficiente. Que precisa de outra realidade, a da imaginação. E que isso era perigoso. Assim viveu, assim escreveu.
Muito mais que um grande escritor, a América perdeu um homem de seu tempo – de seus tempos. Que soube defender as suas ideias com tamanha inteireza, com tamanha elegância, com tamanha firmeza, que mesmo os que tantas vezes discordaram dele poucas vezes deixaram de respeitá-lo.
Eu perdi um amigo distante. Que teve uma vida coalhada de dramas tenebrosos – a ele e a Silvia foi reservada a pior das dores de um ser humano, a de enterrar os seus filhos – e conseguiu continuar caminhando. E sorrindo.
Lembro de Carlos Fuentes como alguém que não se deixou abater. Que não deixou de sorrir e de acreditar.
Certa vez, ele disse-me que escrevia para continuar sendo. E, assim, foi.
Publicado em Carta Maior

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Miguel Portas (1958-2012)


Neste dossier, divulgamos todos os artigos, vídeos, fotogaleria e notícias que o esquerda.net publicou em homenagem e evocação de Miguel Portas.
Republicamos também alguns textos da sua autoria e relembramos ainda a sua última entrevista televisiva.

Aqui pode aceder aos vídeos O Miguel no Bloco e Miguel Portas - fotogaleria, a uma curta biografia («Fui sempre mais de jogar fora do baralho»), ao poema sobre o 25 de Abril e em memória de Miguel Portas de Ana Luísa Amaral: 25 de Abril e os nossos tempos
Incluímos também a notícia da aprovação pelo Parlamento do voto de pesar, mensagens, diversas reações internacionais, europeias, nacionais e uma significativa referência à dedicação de Miguel Portas à causa dos direitos humanos, sociais e nacionais do povo palestiniano.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

FMI (pensões superiores a 7 mil euros)

Os planos de reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) prevêem que os trabalhadores aufiram pensões vitalícias a partir dos 50 anos. Ao mesmo tempo que impõe cortes salariais e diminuição das pensões em países como Irlanda, Grécia e Portugal, o FMI distribui pelos seus ex-funcionários pensões que chegam a ultrapassar os 7 mil euros mensais.

Segundo os Planos de Reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI), que visam "assegurar um rendimento de substituição" que permita aos funcionários "manter um padrão de vida razoável durante a aposentadoria", as pensões vitalícias são pagas "a partir de 50 anos de idade com um mínimo de três anos de serviço".
As prestações devidas a ex-funcionários do FMI chegam a ascender, por sua vez, a mais de 7 mil euros, o que contrasta, tal como tem vindo a denunciar Dean Baker, codiretor do Centro de Pesquisa Económica e Política, em Washington, com as "escassas pensões de algumas centenas de euros por mês auferidas pelos gregos e que tanto têm irritado os banqueiros".
Segundo Baker, caso a proposta do ex-ministro grego George Papandreu, no sentido de submeter o novo pacote de ajuda financeira a um escrutínio popular, tivesse, de facto, avançado, "o povo grego, que já foi forçado a aceitar um aumento da sua idade de reforma e pensões mais baixas, poderia sugerir o mesmo para os economistas do FMI".
"Mas a oportunidade de o povo grego participar na discussão rapidamente foi vedada", lamenta o codiretor do Centro de Pesquisa Económica e Política num artigo na sua coluna semanal no Guardian. "Estamos de novo perante um diálogo entre banqueiros e políticos", onde "não há muito espaço para a democracia", conclui.